A Revolução em Portugal - a Revolução no Egipto
O Alvorada de hoje começou ao som de Caribou, seguido da habitual revista de imprensa. Em cima da mesa estiveram a revolução no Egipto, os cortes de financiamento no ensino superior e a inauguração do novo hospital pediátrico como principais destaques. O comentário da actualidade ficou a cargo do Professor José Manuel Pureza que relembrou uma música portuguesa para ilustrar a situação do mercado de trabalho - "até para ser escravo é preciso estudar".
Na segunda parte do Alvorada, o Professor Amadeu Carvalho Homem falou sobre a revolução do 31 de Janeiro de 1891 que é hoje assinalada numa sessão comemorativa na Casa da Escrita, onde serão apresentadas uma medalha do escultor Vasco Berardo e uma colecção de postais que remetem para a toponímia da cidade.
A emissão foi conduzida por Cristiana Pereira e Carolina Silva.
Um debate surdo, um discurso espécie de catarse e um Presidente da República reeleito.

''Ver correr serenamente as águas do Mondego'' e ver o Metro a chegar

"É preciso reinventar o país" - Mário Frota
Alguém falou em crise?
Os principais destaques abordados foram a crise e para o défice português, os resultados do inquérito dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC) e o assinalar do ano em que o terramoto de larga escala chegou ao Haiti e que vitimou mais de 230 mil pessoas.
O destaque fotográfico da imprensa regional – Diário de Coimbra e As Beiras – recaiu sobre o inquérito de avaliação da qualidade dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), apresentado ontem em conferência de imprensa nas Cantinas Azuis por Gouveia Monteiro. Os resultados apresentados ditaram que foram servidas mais refeições do que em 2009 e que 88 por cento dos inquiridos estão satisfeitos com a oferta dos SASUC. Actualmente, os restaurantes dos SASUC são 13, após terem sido reabertas as Cantinas Vermelhas, perto da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (antigas instalações do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra) que estão em funcionamento desde o dia 3 de Janeiro. O novo serviço está aberto no período de almoço e também, durante a época de exames, para estudo das 22 horas até às 2 horas da madrugada.
No plano nacional a crise e o défice em Portugal abriram os principais títulos nacionais! O Jornal de Notícias avança com o aumento do número de desempregado, que poderá ascender aos 60 mil até 2012. Um cenário pouco animador numa altura em que o Banco de Portugal prevê a subida de juros e da inflação.
Na mesma lógica, está prevista a diminuição do rendimento das famílias e o Banco de Portugal prevê “a maior quebra de sempre do consumo privado para este ano”, segundo avança o jornal Público. No jornal i, a este respeito, avança que este será o primeiro teste para Portugal nos mercados internacionais.
Os comentários de hoje estiveram a cargo Mário Frota, presidente da Associação Portuguesa de Direito ao Consumo (APDC). O dirigente mostrou-se bastante preocupado com a perda de compra por parte dos portugueses que se tem vindo a agravar ano após ano. Sobre o eventual pedido de ajuda de Portugal ao estrangeiro, e após a contradição das afirmações de Sócrates e de Teodora Cardoso, do Banco de Portugal, Frota entende que há que ver o episódio no cenário de eleições presidenciais e que a honestidade política está em crise como nunca estivera. Por último, sobre o aumento das refeições servidas nos SASUC, o presidente da APDC considera que é um sinal dos tempos de crise que vivemos e congratulou os serviços universitários pelo trabalho de excelência que prestam.
E porque hoje se assinala um ano após o Haiti ter sido atingido pelo sismo que vitimou mais de 200 mil pessoas, o estúdio da RUC contou com a presença de Mónica Ferreira, Directora Executiva do Departamento de Cooperação da Saúde em Português. Esta Organização Não Governamental para o Desenvolvimento de Coimbra está no Haiti desde o abalo. Mónica Ferreira esteve no país de Fevereiro a Abril de 2010 e relatou algumas experiências. Sobre a coordenação dos actores no terreno, a cargo das Nações Unidas, Mónica Ferreira, disse que foi um dos principais problemas enfrentados a nível da ajuda Humanitária, e que as Nações Unidas acabaram por reconhecer os erros cometidos. Actualmente a Saúde em Português tem ainda dois delegados no país. Foram ouvidas também declarações de Hernâni Caniço, presidente da ONGD, que falou um pouco do trabalho da Saúde em Português e destacou que vão ser precisas 5 décadas para que o Haiti se recomponha.
De modo a assinalar a data, a Saúde em Português promove hoje um debate informal no Café Santa Cruz pelas 21h30.
Vasco Batista
FMI: sim ou não?

Alvorada com... Educação

Mais um Alvorada que começou pelas nove da manhã, com a dupla de segunda-feira Bárbara Silva e Cristiana Pereira.
A educação esteve hoje em destaque com o comentário da directora da Escola Secundária Infanta Dona Maria, Maria Rosário Gama, que mostrou a preocupação pelo "sub interesse" do governo pela escola pública e o "sobre interesse" pelas instituições privadas.
Tempo também para discutir a entrada, ou a não entrada, do FMI em Portugal. A professora mostrou vontade de lutar contra a actuação do Fundo Monetário Internacional, ao invés de manter a especulação.
Como a segunda-feira é também dia de cartaz cultural, ficaram as sugestões para apontar na agenda para esta semana.
Foi mais um Alvorada de Segunda-feira. Amanhã está de regresso à hora habitual.
Alvorada? Alvorada é Crítica...

A Economia, a má gestão e os gastos caricatos do Governo fizeram parte do programa de hoje.
Amílcar Falcão foi o comentador desta sexta-feira. A grande investigação do Diário de Notícias "O verdadeiro Retrato do Estado" foi o ponto de partida para duras críticas do director da Faculdade de Farmácia à gestão e aos postos de administração de organismos públicos.
Amílcar Falcão resumiu a falta de fiscalização destes organismos como um jogo de interesses, dizendo que "os políticos não estão no poder para ganhar dinheiro. Estão no poder para depois ganhar dinheiro". O professor referia-se aos casos de secretários de estado e ministros que anos depois são administradores de empresas públicas.
Crítica também para a obsessão com o défice público, que, mesmo cumprido, pode levar a enganos. "Os métodos usados são soluções de curto prazo como a apropriação dos fundos de pensões. É como lá em casa, chegar ao fim do ano com as contas saldadas, mas sem carro."
Quanto à cidade, Amílcar Falcão diz que "Coimbra também tem a sua culpa quando se diz prejudicada porque nada se consegue fazer quando se está à espera que lhe venham trazer as coisas."
Um programa cheio de críticas mas também positivas, como o exemplo da iniciativa "Somos UC". Uma mostra das valências da Universidade de Coimbra, para visitar até domingo. Segunda-feira o Alvorada faz o balanço.
Cristiana Pereira e Maria Eduarda Eloy. Alvorada. 7 de Janeiro de 2011.
Crise: Agora ou nunca?
Chega ao fim mais uma edição do Alvorada, que regressa amanhã com as primeiras notícias do dia, às 9 da manhã.
