No Alvorada estamos sempre de “acordo”!


Com casa cheia cheia, o Alvorada de segunda-feira debateu o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Para além de comentar a habitual revista de imprensa, em estúdio esteve a profressora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Ana Teresa Peixinho, que assumiu total concordância com a nova grafia do Português.

Ao contrário do também professor da FLUC José Carlos Seabra Pereira – que vê com empatia as opiniões daqueles que têm reservas relativamente ao novo acordo -, Ana Teresa Peixinho salienta a internacionalização da Língua Portuguesa. Recusa o argumento de quem diz que o acordo favorece o Brasil, sendo, por isso, uma neocolonização invertida.

Em directo por telefone, o reitor da Universidade Aberta, Carlos Reis, um defensor do acordo, falou à RU(: reconhece que as escolas têm condições para utilizar a nova grafia já no próximo ano lectivo, mas lamenta que isso só venha a acontecer em 2011-2012.

Questionado sobre a coexistência da antiga e da nova grafias em alguns meios de comunicação social nacionais, Carlos Reis admite que, por enquanto, isso pode causar alguma estranheza. Recusando o argumento de que os velhos livros vão deixar de ser lidos, Carlos Reis lembra que autores como Camilo Castelo Branco podem ser lidos na actualidade em obras antigas, com uma grafia diferente da actual, sem que com isso a obra perca o seu capital literário.

Houve ainda tempo para falar sobre o projecto LINCE, um programa informático criado pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional, que converte automaticamente textos da antiga para a nova ortografia.

Nas vésperas do regresso à escola, falou-se ainda em educação e ensino superior, mas por razões menos boas: segundo avança hoje o Diário de Notícias, a venda de teses movimenta anualmente milhares de euros.

O programa foi conduzido por Carolina Silva, Lígia Anjos, Diana Craveiro, Pedro Crisóstomo e Beatriz Assunção.


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